Museu do Futuro – Ideias para o amanhã (ou hoje)

O Museu do Futuro é o mais novo Museu de Dubai, inaugurado em Abril. Muito exaltado, possui uma linda arquitetura, nascendo para ser mais um dos cartões postais da cidade. O bacana é que ele não é só lindo, mas um espaço tecnológico e inovador que traz discussões, reflexões e ideias sobre o futuro, sendo amigável para adultos e crianças. O Museu nos leva a uma viagem até 2071 refletindo como será o futuro do planeta – a relação do Homem com a natureza, mobilidade, saúde mental, além de nos mostrar ações que já estão sendo implantadas hoje para melhorar o mundo que vivemos.

Nesse post trago três temas vistos no Museu: um ligado a desenvolvimento de novas embalagens, outro ligado a saúde mental, conectado ao surto de depressão e burnout que deve aumentar nos próximos anos, e por fim uma perfumaria algorítmica, que cria um perfume personalizado a partir de dados.

Futuro presente – NotPla – Não é plástico!

Além das reflexões e previsões sobre o que o futuro nos reserva, no Museu temos contato com projetos de empresas que estão trabalhando hoje em ações que vão impactar o futuro. Lá, conheci a NotPla, uma Startup que desenvolveu uma solução criativa e eficiente para a substituição do uso do plástico para fazer as embalagens literalmente desaparecem.

A partir de uma matéria prima biodegradável e renovável – a alga marrom – que não compete com outras culturas, não precisa de água doce ou fertilizante, chega a crescer 1 m por dia e contribui ativamente para desacidificar os oceanos, a empresa desenvolve plástico e papel que se decompõem de 4 a 6 semanas (mais rápido do que uma casca de laranja) podendo ser compostada em casa, ou até, engolida. 😊

No Museu, vi o uso do produto substituindo também embalagens de shampoo, sabonete e azeite. Atualmente a empresa tem foco em food service, e já está desenvolvendo soluções para entrar no mercado da moda e de cosméticos muito em breve. Sensacional!

NotPla – as embalagens desaparecem

O Futuro e a Saúde Mental

Aqui trago uma reflexão sobre mais um dado preocupante: em 2030 a depressão será a doença mais comum do mundo, maior até do que a obesidade. O volume de trabalho, cobranças, aumento de tempo imerso na tecnologia, preocupações financeiras, pessoais a até ambientais, podem levar as pessoas ao limite. Trazendo essa informação logo na entrada do terceiro pavimento visitado, o Museu dedica o andar inteiro para um santuário, um local que promove a desconexão da tecnologia para nos reconectarmos com a mente, corpo e espírito, reforçando que sem que estejamos equilibrados emocionalmente, será impossível encarar e mudar nosso futuro. O visitante tem contato com práticas como meditação e relaxamento, além de variadas terapias que promovem a descompressão e a auto conexão, lembrando que mesmo dentro de um local altamente tecnológico, repleto de informações e interações, a pausa e reflexão são indispensáveis para continuar bem em nossa jornada.  

Perfumaria algorítmica e personalização

Uma das instalações que me chamou a atenção foi da @algorithmicperfumery. A ideia do projeto surgiu com o intuito de colocar o usuário no centro do processo criativo, a partir da pergunta: e se cada humano pudesse criar seu próprio perfume? Afinal, existem no mundo mais astronautas do que perfumistas e é injusto que um pequeno grupo de pessoas desenvolva os perfumes para os outros bilhões.

A máquina que cria perfumes, possui mais de 500 ingredientes com múltiplas possibilidades de combinação entre eles. Com uma solução baseada em inteligência artificial que interpreta e complementa os dados do consumidor com o aprendizado pré-existente ela cria aromas únicos e hiperpessoais.

Como apaixonada por experiências, fui ver como funcionava essa proposta de ter 3 fragrâncias desenvolvidas sob medida para mim através de combinação algorítmica e a experiência foi sensacional. Desde responder um longo questionário que me fez refletir sobre meus gostos e memórias até acompanhar de perto o processo de feitura do perfume e ver os perfumes saindo da máquina rotulados com meu nome.

E o cheiro? Dois conquistaram meu coração e um eu ainda vou precisar entender porque a IA determinou que aquele cheiro era para mim! Será que a máquina sabe mais sobre quais aromas eu gosto do que eu mesma? Essa reflexão profunda fica para um próximo post… 😊

Curiosa, inventora de receitas que nem sempre dão certo, apaixonada por vitrines e leitora voraz. Se quiser uma dica de livro, me pergunte!
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